Marco Mecchi , sócio-fundador e CIO da MZK Investimentos
O gestor da MZK Investimentos, Marco Mecchi, cou por onze anos à frente da mesa de tra ding do HSBC, cargo que manteve por mais um ano após a compra da operação do banco bri tânico no País pelo Bradesco. Desde que se iniciaram as discussões sobre a venda do HSBC no Brasil, no entanto, Mecchi e outros colegas começaram a vislumbrar a possibilidade de criar uma gestora própria. Com o PDV aberto pelo Bradesco em julho de 2017, eles resolveram dei xar o banco da Cidade de Deus, em Osasco, e criar a MZK, que foi batizada com as inicias dos principais sócios – além de Mecchi, Danilo Macari, Gustavo Menezes, Ronaldo Zanin e André Kitahara. Fundada em meados de 2018, a gestora focada em fundos multimercados tem atual mente cerca de R$ 280 milhões em ativos sob gestão. Mecchi conversou com a DINHEIRO. Co mo a MZK tem se posicionado no mercado?
Gostamos de ativos pré-xados na curva de juros. Entendemos que a curva ainda está inclina da e tem espaço para cair nos próximos meses. Como a inação está muito comportada diante do crescimento fraco, não enxergamos risco de alta dos juros pelo Banco Central. Pelo contrário, entendemos que o risco, embora pequeno, seja de queda da Selic.
E a bolsa? Após a realização recente surgiu um bom ponto de entrada?
A bolsa já caiu bastante desde as máximas e faz sentido investir um pouco nela pelo cresci mento que pode vir no ano que vem. O desempenho da economia em 2019 deve ser fraco, mas passando as reformas, como a da previdência e a tributária, além das privatizações, a expec tativa é de retomada dos investimentos para 2020. Quais ativos vocês têm evitado? O câmbio. Após a queda dos juros a taxa de carregamento do Real em relação ao dólar cou muito pe quena, e a volatilidade nesse segmento do mercado está bastante elevada.